Do Paleolítico ao Romano
Paleolítico
Nelítico e Calcolítico
Idade do Bronze e do Ferro
Romano
NEOLÍTICO /CALCOLÍTICO
As primeiras comunidades agrícolas da Amadora deixaram-nos testemunhos materiais, atribuíveis aos IV e III milénios a.C., que nos dão a conhecer diversas fases do processo de fixação das populações, com consequente domínio e humanização do meio envolvente. Os habitats detectados indiciam ocupações permanentes ou semi/permanentes, necessárias ao acompanhamento das culturas agrícolas, surgindo também os primeiros testemunhos de utilização da cerâmica.
Destacamos três povoados: Espargueira /Serra das Éguas, Moinhos
do Penedo e Baútas. No caso do primeiro, trata-se de um povoado que se situa
sobre um vale aberto sem condições naturais de defesa, onde foi recolhido um
significativo conjunto de cerâmicas do Neolítico Final. Entre os elementos líticos
salientam-se machados, sachos, goivas e mós, utilizados na agricultura, no trabalho da
madeira e na moagem. Relativamente ao sítio Moinhos do Penedo, a sua
localização no topo de uma elevação indicia preocupações defensivas. Se ao nível do
espólio lítico não existem diferenças significativas, na cerâmica surgem novas formas
como copos e taças caneladas (Calcolítico Inicial), bem como pesos de tear. Não existem
dados concretos sobre as estruturas de habitação destes dois povoados.
As Baútas localiza-se numa elevação com boas condições de defesa,
sobranceira à Ribeira de Carenque. Surgem no local afloramentos calcários sob a forma de
lápiaz, eventualmente aproveitados para fins defensivos. No entanto, a
destruição generalizada da estação arqueológica por laboração de uma pedreira no
local nos anos sessenta, inviabiliza a possibilidade de se comprovar esta hipótese, bem
como perceber a estruturação do povoado. Foi detectado, nas escavações realizadas, um
importante nível de ocupação atribuível ao Calcolítico Pleno. Recolheu-se diversos
tipos de cerâmicas, salientando-se os pesos de tear e as queijeiras, que revelam o
aproveitamento dos produtos secundários da pastorícia.
A Necrópole de Carenque é sem dúvida um dos exemplos mais significativos do Megalitismo na região, fenómeno cultural característico do período e associado ao imaginário mágico - simbólico das primeiras comunidades de agricultores. Trata-se de um complexo funerário, composto por 3 sepulturas colectivas, escavadas na rocha, e de morfologia semelhante à das antas. Entre o espólio destaca-se o material votivo, ídolos em calcário e placas de xisto decoradas, bem como figuras zoomórficas.
No final do período calcolítico, surge uma nova realidade cultural, o Campaniforme, salientando-se a rica decoração das suas cerâmicas. De entre os habitats, há a referir o Casal de Vila Chã Norte, e os Moinhos da Atalaia Oeste.
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